sábado, 2 de junho de 2012

Não somos todos iguais

                Este é apenas um mito sociológico. De fato, do ponto de vista biológico poder-se-ia dizer que somos semelhantes, vez que possuímos as mesmas estruturas básicas (os mesmos órgãos: coração, cérebro...), o mesmo podendo-se dizer dos aspectos psicológicos (se pensarmos nas estruturas do desenvolvimento). Entretanto somos absolutamente diferentes, tanto fisicamente quanto, e principalmente, psicologicamente (emocional e cognitivamente).


             Somos singulares. O igualitarismo pregado pelo sociologismo não resulta uma verdade aplicável aos seres humanos. Nenhuma sociedade humana dispensou as hierarquias nas construções sociais. Entretanto nos acostumamos a achar que “somos iguais” e terminamos mesmo achando este, um ideal humano.

               Todo igualitarismo é uma redução, pois se um nível inferior não é apto a igualar-se ao superior provoca a redução do superior ao inferior, em outras palavras, todo nivelamento reduz o nível geral do grupo. Nivela-se por baixo. Assim devemos aprender a distinguir o que significa OPORTUNIDADES IGUAIS (direitos dos cidadãos) de um igualitarismo mediocrizante.

              A educação, sendo um direito igualitário, deveria ser a arte de distinguir, ser capaz de fazer prevalecer a convivência das diferenças, promover as possibilidades de cada cidadão singular e sua socialização no grupo social. Entretanto, ao contrário disso, nossa educação procura a redução do indivíduo ao coletivo baixando o nível geral dos indivíduos em processos de massificação.

                As crianças são colocadas nas escolas tardiamente, são superprotegidas, ou negligenciadas, educadas segundo uma subordinação da inteligência ao desenvolvimento biológico (é mais importante comer que desenvolver a inteligência e o espírito)... na suposição de que somos todos iguais... Na vida adulta parecemos ser todos iguais . Não somos!

              A inteligência mais desenvolvida pode significar empregos melhores, relacionamentos melhores, criatividade maior, melhor articulação da língua, melhor performance lógica... MUITAS pessoas (mesmo nas universidades!) são incapazes de compreender um pensamento hipotético ou uma formulação filosófica. Os pais, entretanto, crêem poder preocupar-se com a inteligência somente por volta dos sete anos(!) quando já se passaram os mais preciosos anos para a formação das conexões cerebrais e a oportunidade das variações de experiências.

            A maioria das escolas, pelo seu lado, na mesma crença de um igualitarismo, negligencia os primeiros anos da criança fazendo da escola um lugar onde as prioridades são as mamadeiras e um brincar repetitivo, sem plano pedagógico. As crianças são freqüentemente, tanto nas escolinhas como em casa, apenas “tomadas de conta”, olhadas em um conjunto de ações repetidas, vez que dependente da iniciativa da própria criança.
NEM GÊMEOS UNIVITELINOS SÃO IGUAIS......

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