Nesta
última semana, mais precisamente no dia 12 de junho, Anne Frank completaria 70
anos (12 de Junho de 1929 —
Bergen-Belsen, 31 de Março
de 1945).
Seu último aniversário foi comemorado em
um esconderijo, no escritório da família em Amsterdam, local que a menina
denominou, e assim ficou conhecido, como o “anexo secreto”. Na época ela completava
apenas 14 anos.
Por que falar em Anne? O que esta menina
representa?
Anne nos mostrou o caminho da esperança,
da crença de que há o bem no ser humano apesar de sua prática ser, por vezes,
tão perversa.
Anne sempre representará o nosso
compromisso em não esquecer a barbárie humana, a capacidade de realizar o mal.
Precisamos desta memória para poder construir o bem, o amor e a amizade.
Anne é a autora da mais dilacerante
frase sobre o humano, em seu diário:
“Apesar
de tudo ainda acredito na bondade humana”.
Anne
Frank foi uma entre o milhão de crianças judias assassinadas durante o
Holocausto e hoje representa todas elas. Filha de Otto (único sobrevivente da
família) e Edith Frank, Anne ganhou de presente em seu 13º aniversário um
pequeno caderno para escrever seu diário, por meio do qual ficamos a par da
devastação e da barbárie da Segunda Grande Guerra vista através dos olhos e
sentimentos de uma criança.
Depois
que os nazistas chegaram ao poder, em 1933, Otto Frank e sua família fugiram para
Amsterdã, mas os alemães ocuparam a Holanda em maio de 1940. Em julho de 1942,
as autoridades alemãs começaram a concentrar os judeus e os deportar para os
campos de extermínio de Auschwitz e Sobibor.
Anne
e sua família viveram escondidas por dois anos no sótão de um prédio que ficava
atrás do escritório da família, com a ajuda de amigos que haviam preparado o
esconderijo e providenciavam alimentos e roupas para a família. Em 4 de agosto
de 1944 a
Gestapo, polícia secreta alemã, descobriu o esconderijo após receber uma
denúncia anônima.
Em
setembro de 1944, foram enviados para Auschwitz, um conjunto de campos de
concentração na Polônia ocupada. Devido à sua juventude e capacidade de
serviço, no final de outubro de 1944, Anne e sua irmã Margot foram transferidas
para o campo de concentração de Bergen-Belsen. Ambas morreram de tifo em março
de 1945. As forças soviéticas libertaram Otto, pai de Anne, no dia 27 de
janeiro de 1945.
Durante
o tempo em que ficou escondida, Anne manteve um diário no qual registrava sua
vida no esconderijo e os sentimentos de uma jovenzinha que brotava com força e
ímpeto, cheia de amor, indignação e esperança.
O
livro sobreviveu graças a uma amiga do pai e foi publicado em 1947. Ele foi
publicado em diversas línguas após o fim da guerra e ainda é usado em milhares
de escolas ao redor do mundo. Anne Frank tornou-se o símbolo da esperança
diante da barbárie que assassinou milhares de crianças no Holocausto. Sua obra
marcou o século XX e é hoje leitura fundamental para nossos jovens em sua
formação histórica, cultural e moral.
Consulte este site para ver uma
interessante linha de tempo da história de Anne Frank.
http://www.annefrank.org/pt/Subsites/Linha-do-tempo/Segunda-Guerra-Mundial/O-esconderijo/1942/Fotos-do-interior-do-Anexo-Secreto/#!/pt/Subsites/Linha-do-tempo/Segunda-Guerra-Mundial/A-prisao/
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