quarta-feira, 12 de outubro de 2011

FREINET - EDUCADORES – REVOLUÇÕES NA EDUCAÇÃO:


2- CELESTIN FREINET

Dra ADRIANA OLIVEIRA LIMA

O Francês Celestin Freinet teve uma experiência escolar muito ruim, o que de certo influenciou seu método educacional. Teve que interromper seus estudos devido a Primeira Grande Guerra, que lhe deixou seqüelas pulmonares e o tornou um pacifista radical. Tornou-se professor de ensino primário em 1920, começando a delinear o que seria mais tarde seu método de ensino.

Freinet comprou um “tipógrafo” para imprimir textos livres e jornais para seus alunos. As crianças compunham trabalhos, discutiam e editavam jornais para apresentar em classe, como trabalho de grupo. Ele trocava os jornais assim produzidos entre as escolas nas quais lecionava. Esses jornais iam, lentamente, substituindo os livros didáticos.

Organizou uma cooperativa de professores que criou a Escola Moderna na França e em 1926 publicou seu primeiro livro, “A Imprensa na Escola”. Os métodos do ensino de Freinet divergiam da política oficial de educação e suscitavam desconfiança, culminando em sua exoneração, no ano de 1935. Começou, então, com sua esposa, sua própria escola, um pouco antes do início da Segunda Grande Guerra.

Durante a guerra ele foi enviado a um campo de concentração, onde ficou gravemente enfermo. Ao ser libertado, dedicou-se à Resistência Francesa e criou o ICEM (Cooperativa do Ensino Leigo), que reunia mais de 20 mil pessoas. Em 1956 lançou uma campanha nacional para limitar o número de alunos nas salas de aula. Ele considerava 25 alunos por sala o número máximo aceitável.

Freinet criticava o excesso de teoria nas escolas e propunha, em seu lugar, uma escola mais voltada à prática. O aluno deveria fazer algo REAL, ligado à vida. A educação deveria despertar o desejo de saber.

O educando, em sua concepção, é um ser social, inserido em um contexto social. O professor deve mesclar seu trabalho com a vida em comunidade. O trabalho deveria ser um instrumento fundamental na formação do cidadão na escola.

Para Freinet, o professor não é um interventor ou controlador. Ele acredita que a atividade deve envolver a disciplina e o aluno. O professor passa a ser um condutor deste processo. Assim, a liberdade é fundamental, mas contextualizada no processo de aprendizagem. Para tanto, Freinet criou diversas técnicas pedagógicas.


São criações suas ainda hoje usadas de forma pulverizada:

  • A Aula-Passeio: aulas de campo voltadas para os interesses do educando.
  • A Auto-avaliação: através de fichas que registram a aprendizagem.
  • A Auto-correção: correção de textos feita pelos próprios autores.
  • A Correspondência Interescolar: comunicação interclasse e entre diferentes escolas.
  • O Fichário de consulta: material produzido para complementar os materiais didáticos.
  • A Imprensa escolar.
  • O Livro da vida: um caderno onde os alunos registram suas impressões, sentimentos e pensamentos em formas variadas.
  • O Plano de trabalho: atividades planejadas pelos mini-grupos de alunos.
  • O Texto Livre: Forma variada de redação.

2 comentários:

regina esteves disse...

Oi Chefona

Adoro quando vc escreve...Não pare de escrever porque sua obra é forte e de muito impacto! Bjs

Adriana Oliveira Lima disse...

Amiga, obrigada. Como escrevo para vocês, suas palavras são muito importantes. Mil BJS