sexta-feira, 15 de julho de 2011

Capacitação de professores – PARTE II Esta acabando a profissão “PROFESSOR” ?

Adriana Oliveira Lima

O segundo grande problema que temos que encarar na educação quanto a capacitação dos professores é a fluidez, a rotatividade, a evasão. Se por um lado o descaso com a educação foi a principal causa da evasão dos quadros de profissionais desta área, por outro a própria sociedade ajuda a consolidar uma visão desvalorizada da educação e da escola. A escola pública paga mal e pode-se ver o desvinculo completo entre a sociedade e o professorado, quando deixa-se que greves durem meses (sic!!!).
Do ponto de vista da escola privada os custos trabalhistas e o controle de mercado, impedem possibilidades de estabelecer relação trabalhista como outras empresas privadas podem fazer, ficando a educação sempre sob o controle do estado.
Assim é que o maior contingente dos poucos professores que se formaram nos últimos anos buscaram os concursos públicos que lhes dará em contrapartida ao baixo salário, a estabilidade e uma menor exigência de trabalho. Evadem-se assim os quadros formados, na maioria nas redes privadas, deixando estas instituições (privadas) no ciclo vicioso: “recrutar, capacitar e perder”.
As grandes empresas educacionais, com uma quantidade abusiva de alunos por sala pagam pouco mais dão a ilusão do prestígio fazendo assim, um garimpo sociológico que retira das pequenas escolas seus quadros quase anualmente.
Na dança das cadeiras as pequenas escolas são as que mais investem nas capacitações, na aceitação do profissional de primeiro emprego e no investimento em treinamento em serviço. Mas é delas que os tubarões se alimentam e, sem investir nada em capacitação, distribuem alguns reais a mais (mas muito longe de sua real possibilidade) para captar professores. Mas deles também os professores partem, e com razão, o sistema público termina por ser o mais limitado e menos criativo, mas o que oferece melhores soluções trabalhistas.
Sempre trabalhando em pequenas escolas tenho visto este rito ininterrupto de formar professores e perde-los e recomeçar, sempre....Mas o mercado de professores esta minguando...

2 comentários:

ricardo disse...

"pode-se ver o desvinculo completo entre a sociedade e o professorado, quando deixa-se que greves durem meses (sic!!!). "
-Realmente ninguém se importa se a categoria para ou não, tem que haver um escândalo para que todos vejam a importância de professores na sociedade. O poder publico apenas quer que as crianças vão para as escolas, não se discute o que eles estão vendo ou não em sala de aula,,,, a verdade é esta e é mais cruel ainda porque uma greve branca já se instalou nas escolas há tempos! os filhos são números para o estado/prefeitura. A qualidade passa longe: não há estrutura, não há empenho, há apenas uma preocupação salarial por parte de alguns professores...

Agora eu me lembrei de nossas conversas sobre a "curvatura da vara" - ou a sociedade se coloca frente a esta situação ou se entrega tudo ao mundo da "internet" - pessoa não querem mais ensinar, acham deprimente, não se sentem valorizadas, acham que já sabme tudo, querem apenas ensinar nas Universidades (pra quem????) e o mais interessante, e maluco ao mesmo tempo, é pensar que "as grandes escolas" é que ensinam ....

Anônimo disse...

Na verdade, ser professor nos dias de hoje é como ser um fantoche. Tiraram a autonomia do profissional competente, qualificado e comprometido. Deixaram a educação nas mãos de políticos sem educação. Para eles (políticos) o equilíbrio para a sociedade depende de um sistema educacional falido, pois quanto menos alfabetizados os estudantes melhor para o futuro do país. "nas eleições"