APRENDENDO A SEGUNDA LÍNGUA
Dra Adriana Oliveira Lima
Não existe mais dúvida
sobre a importância do domínio de uma segunda língua, e vamos privilegiar o inglês, pela amplitude no mundo
da informação e privilegio no mercado de trabalho. Um número considerável de
pesquisas sobre o ensino-aprendizagem da segunda língua tem mostrado vantagens
em todos os sentidos (cognitivas e sociais).
As crianças que tiveram contato com outra
língua bem cedo (bilinguismo), desde os primeiro meses de vida, utilizam o
mesmo lado do cérebro para trabalhar com os idiomas que dominam, enquanto as
que tiveram este contato tardiamente usam áreas cerebrais distintas, como se
fosse necessário “traduzir” uma ou outra língua. Este fator influirá no sotaque
e na fluência.
Nos anos 1980 e 1990 em centros urbanos como
o Rio de Janeiro, as crianças com no máximo 9 anos estavam matriculadas em cursos
de inglês. Esta idade foi evoluindo de forma descendente e os cursos adaptando
metodologias para atenderem as crianças cada vez mais jovens. Os efeitos
positivos predominam nos efeitos de aprendizagem de uma segunda língua.
Embora saibamos das vantagens da
aprendizagem precoce de uma segunda língua, devemos ter em conta que ela
precisa da imersão completa neste idioma, ou por meio da competência das
metodologias empregadas.
Os estudos cognitivos mostram que a
linguagem só estrutura-se de maneira permanente a partir das operações do
pensamento (por volta dos sete anos- veja a questão da fala dos “meninos Lobo”),
esquemas capazes de organizar de forma sistêmica, as estruturas da língua. Mas
esta estruturação depende da construção feita na primeira infância.
Acreditamos
que para as crianças muito pequenas (em torno de dois anos) a matricula em
cursos de inglês deve ter como objetivo a compreensão (como acontece em sua língua)
e a experiência de relacionar-se com fonemas inexistentes em sua língua nativa
e jogar com símbolos e signos diferenciados: isto é, despertar na criança a
idéia de que existe outra forma de comunicação. Após os três anos cresce sua
capacidade de falar e para tanto deve estar imersa numa experiência com musicas
e historia e atividade pratica de forma que a compreensão se transforme, cada
vez mais, em expressão.
Finalmente, após os 7/8 anos pode ir
estruturando a língua como aquisição completa integrada estruturalmente no
sistema semiótico (psicológico, neurológico e social).
Quanto mais cedo expor a criança a uma
segunda língua maior sua assimilação linguística.
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