INCLUSÃO COM RESPONSABILIDADE
Início de ano, período de matrículas nas escolas. Cresce assustadoramente o número de crianças com
dificuldades de aprendizagem que buscam as pequenas escolas para atender seus
filhos (interpretando e tratando a pequena escola com franca inferioridade). Parte expurgada pelas grandes escolas, parte carregados pelos pais de
porta em porta na busca de uma solução que enquadre
seus filhos na expectativa social vigente.
Vejamos
algumas notas gerais sobre a questão:
1.
As
dificuldades que aparecem neste contexto são frequentemente aquelas que não estão
enquadradas nas síndromes ou transtornos
catalogados com caracteres específicos.
Caracteriza-se pelo baixo rendimento escolar e por sua inexplicabilidade,
surpreendendo por não ter estruturas fisiológicas aparentes. Os diagnósticos são frequentemente obscuros.
2.
Frequentemente
os pais dizem que o filho tem preguiça, não tem interesse, não gosta daquela área do
conhecimento e também, muito frequentemente, os pais afirmam que a criança não
apresenta nada em casa, ao contrário,
ela é ótima em casa e só
apresenta estas dificuldades na escola. Costumam construir um contexto
explicativo que os ajudem na esperança de
poder enquadrar a criança o mais brevemente possível ao igualitarismo social.
3. Esta dificuldade de aceitação das diferenças da própria
família, da visibilidade das
ocorrências, tornam as explicações mais complexas e mais ainda por sua diversidade em
grau e em causas. A não
aceitação familiar acarreta) na colocação dos filhos em
escolas distintas: os "normais" nas escolas tradicionais e os com
problemas nas "escolinhas pequenas"... Não percebem o que
está sendo dito para cada uma das crianças com essa atitude — para uma, a
mensagem de inferioridade e para outra a de pressão de corresponder
a este desejo incontido dos pais (de que? de ser perfeito, de ser o primeiro?)
4.
As dificuldades,
sem identificação diagnóstica, não deixam por isso
de existirem e aparecem de diversas formas: na percepção, na linguagem, na motricidade, na matemática, na lógica ou no foco de
atenção. Esta diversidade pode ser ainda complicada por associações, as chamadas comorbidades. Algumas das características mais frequentes são distrações, dificuldade em seguir instruções, imaturidade social, dificuldade de concentração, inflexibilidade, falta de destreza (desajeitada), falta de controle dos
impulsos...
No campo das CAUSAS são complexas e extensas:
Lesões cerebrais, Danos no decurso do parto, Danos adquiridos por febres ou convulsões
HEMISFÉRIO ESQUERDO: linguagem, leitura, escrita, lógica
HEMISFÉRIO DIREITO: tempo, esquema corporal, orientação
espacial, memoria visual,
LOBO FRONTAL: comportamento, planejamento, julgamento,
moderação das emoções, entender e completar tarefas.
Desequilíbrio químico: neurotransmissores —
TDAH (como exemplo a ingestão de
álcool).
Hereditariedade – origem genética. Pode chagar a 80% os
casos de reincidência familiar.
AMBIENTAIS: FAMILIA e meio em que vive. Vale o estímulo e a crença da
família na capacidade da criança. Menor Pressão, boa alimentação, bom sono, evitar o excesso de doenças, melhorar o nível de fala e vocabulário familiar, evitar o excesso de
TV e o estresse emocional (falta de dinheiro ou pressão sobre a criança)
entre outros fatores familiares como perdas e mudanças bruscas.
Na Escola vale a Competência na condução,
trabalho com a auto estima, acompanhamento do bulling, oportunidades de expressão,
aceitação, entre outros fatores educacionais.
A ESCOLA deve ter a responsabilidade
de aceitar apenas as crianças pelas quais pode de fato fazer alguma coisa e que possa gerir
um saudável processo inclusivo. A escola deve ter capacitações que ajudem
os professores neste processo. A escola deve fazer os pais entenderem e estes
devem auxiliar a escola neste processo. *Sabendo que o processo de
encaminhamento é extremamente duro, pois:
O encaminhamento para a CLÍNICA
•
a maioria é por encaminhamento da
escola
•
são em maior número na alfabetização, 6º ano
e entrada no ensino médio, quando os
pais visualizam mais concretamente que algo está acontecendo ou que a escola expurga.
•
tendem a abandonar os tratamentos com relativa
facilidade.
•
quando a procura é dos pais quase sempre é na tentativa de adaptar o filho à
escola tradicional onde segundo eles “estão todas as crianças normais”.*
TENTEMOS
FAZER MELHOR, ESCOLAS E FAMÍLIAS.
INCLUSÃO COM
RESPONSABILIDADE.
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