quarta-feira, 11 de março de 2015

APRENDENDO A SEGUNDA LÍNGUA




 APRENDENDO A SEGUNDA LÍNGUA 

 Dra Adriana Oliveira Lima 

Não existe mais dúvida sobre a importância do domínio de uma segunda língua, e vamos  privilegiar o inglês, pela amplitude no mundo da informação e privilegio no mercado de trabalho. Um número considerável de pesquisas sobre o ensino-aprendizagem da segunda língua tem mostrado vantagens em todos os sentidos (cognitivas e sociais). 

As crianças que tiveram contato com outra língua bem cedo (bilinguismo), desde os primeiro meses de vida, utilizam o mesmo lado do cérebro para trabalhar com os idiomas que dominam, enquanto as que tiveram este contato tardiamente usam áreas cerebrais distintas, como se fosse necessário “traduzir” uma ou outra língua. Este fator influirá no sotaque e na fluência.

Nos anos 1980 e 1990 em centros urbanos como o Rio de Janeiro, as crianças com no máximo 9 anos estavam matriculadas em cursos de inglês. Esta idade foi evoluindo de forma descendente e os cursos adaptando metodologias para atenderem as crianças cada vez mais jovens. Os efeitos positivos predominam nos efeitos de aprendizagem de uma segunda língua.

 Embora saibamos das vantagens da aprendizagem precoce de uma segunda língua, devemos ter em conta que ela precisa da imersão completa neste idioma, ou por meio da competência das metodologias empregadas.

 Os estudos cognitivos mostram que a linguagem só estrutura-se de maneira permanente a partir das operações do pensamento (por volta dos sete anos- veja a questão da fala dos “meninos Lobo”), esquemas capazes de organizar de forma sistêmica, as estruturas da língua. Mas esta estruturação depende da construção feita na primeira infância.

Acreditamos que para as crianças muito pequenas (em torno de dois anos) a matricula em cursos de inglês deve ter como objetivo a compreensão (como acontece em sua língua) e a experiência de relacionar-se com fonemas inexistentes em sua língua nativa e jogar com símbolos e signos diferenciados: isto é, despertar na criança a idéia de que existe outra forma de comunicação. Após os três anos cresce sua capacidade de falar e para tanto deve estar imersa numa experiência com musicas e historia e atividade pratica de forma que a compreensão se transforme, cada vez mais, em expressão.

Finalmente, após os 7/8 anos pode ir estruturando a língua como aquisição completa integrada estruturalmente no sistema semiótico (psicológico, neurológico e social).
Quanto mais cedo expor a criança a uma segunda língua maior sua assimilação linguística.

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