Dra Adriana Oliveira
Lima
Tendo nossas
raízes fincadas na cultura latina por
razões históricas, começamos a nos assombrar com as contradições que mais e
mais aparecem como fruto de uma mudança radical para uma profunda influência da
cultura anglo saxônica. Não é uma questão de sociedade de consumo e a
influência americana, mas uma mudança mais profunda que se desenhou nos anos
1980 quando os investimentos em bolsas no exterior voltaram-se quase
inteiramente para os Estados Unidos (tive oportunidade de analisar estas
mudanças por ocasião da minha tese de doutoramento). A formação das elites e
lideranças mudavam de eixo.

Primeiro
a questão disciplinar. As crianças brasileiras estão seguindo o modelo americano
de pais que não impõe regras e deveres. No salão de beleza, esta semana, um
menino gritava descontrolado e batia na cara da mãe para não cortar o cabelo,
creiam devia ter uns 3 ou 4 anos! O Brasil esta precisando de “super nanies”.
Segundo
a idolatria das famílias pelas escolas tradicionais e de “prestígio” na
sociedade que os levam a preferirem medicar seus filhos, enchê-los de reforço
escolar, admitir-lhes doenças de toda ordem, desde que os enquadrem nestas
escolas. Nunca se perguntam se o problema não seria de uma escola atrasada e
inadequada. Os pais preferem ver os
defeitos nos filhos do que criticar a escola “bem aceita na sociedade”. Que
falta de amor numa estrutura de educação que beira o ridículo, na estrutura
atrasada de organização física e metodológica.

Em
outro artigo falamos sobre o uso da ritalina, vale repensar.
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