quinta-feira, 5 de maio de 2011

O BEM e o MAL e as abelhinhas patrulheiras...




“Entre a desonra e a guerra, escolheram a desonra, e terão a guerra”. W. Churchill



Yves de La Taille, em entrevista à revista ÈPOCA desta semana, afirma que “o mal existe”. Ele mostra que as escolas, frente às questões do BULLYING, tendem a psicologizar, interpretando as razões de um ou de outro protagonista em cada conflito. O Sr La Taille será execrado pelas correntes do “politicamente correto” ou do discurso “único” da “verdade entre os dois lados” (sic!). Hoje não se pode ter um pensamento dissonante, sem que um enxame de “abelhas” patrulheiras caiam em cima agressivamente.

Mas acontece que se não há o bem ou o mal como querem os discursos da pós-modernidade que justificam todos por suas histórias e contextos, como poderá a escola construir uma ética, uma moralidade e valores? Precisamos tomar posições, escolher, ter objetivos claros e lutar por idéias. Assim é que se constroem comportamentos éticos. A vida é constante transformação, e mesmo que tenhamos muitas vezes que nos reformularmos, precisamos acreditar no bem e no mal.

Hoje, nossa grande dificuldade é separar o joio do trigo, pois as patrulhas não permitem divergências - temos todos que pensar igual, sempre dentro de uma mesma lógica e de um mesmo paradigma. Tudo que não é “A” não pode e não deve existir. Neste mar de discursos amorfos não se pode educar. O Bullying não é apenas um fenômeno psicológico, ele é o MAL, algo ERRADO que deve ser discutido com as crianças como tal.

Não se pode desistir do debate, do confronto de opiniões por mais que os patrulheiros tentem nos colocar em posição de desconforto.

É necessário discutir em vista da democracia. É necessário respeitar a divergência. E, para escapar destas “abelhinhas patrulheiras”, devemos ter sempre em mente alguns versos de William E Henleynas, em seu poema INVICTUS:

Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.

Nenhum comentário: