segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A MÃE TIGRE


A MÃE TIGRE
Amy Chua vem causando polêmicas sobre a disciplina de como educar os filhos. De origem chinesa, professora universitária, acaba de publicar um livro em que conta a “espartana” educação dada as filhas, hoje com 14 e 18 anos. Chamada de “Mãe tigre” vem causando reboliço nas atitudes educacionais dos americanos, muito mais permissiva que a maioria dos países orientais.
No Brasil chega a ser impensável a proposta educativa da profa. Amy Chua. A frouxidão em que nos encontramos leva-nos a pensar que sequer sonharíamos com um meio termo. Se o estado legisla sobre a palmada é quase impossível e impensável tal maneira rigorosa de educar.
Mas não se trata de discutir “certo” ou “errado” vez que em nossa cultura é simplesmente impensável as atitudes propostas por Amy. Teremos que discutir é que caminhos nos levam a frouxidão, a falta de decisão, a falta de limites que constituem os parâmetros educacionais hoje no Brasil (particularmente nas classes médias e altas).
O fato é que os pais temem os filhos e sua permissividade cria agressividade e insegurança. Os pais consultam os filhos sobre quase tudo, do que querem comer, em que escola querem estudar, que roupa querem vestir... Independente da idade e das condições intelectuais da criança e/ou jovem.
Se algo sai errado na escola, muda de escola, se não gostou do prato, compra-se outro, se o brinquedo quebrou é substituído. Crianças atendidas em todos os seus desejos não são capazes de enfrentar uma frustração. O que será do futuro destas pobres criaturas que não aprenderam a dividir, a perder, a enfrentar situações adversas?

3 comentários:

Unknown disse...

Prezada Sra.,

Tenho dois comentários:

1 - Concordo sobre a pergunta, o que será de nós se formos frouxos na educação, tal como fala. Mudar de escola, consultar os filhos por quase tudo, tirar das atividades se ficar entediado e tudo o mais.

2 - Discordo quando diz que não temos meio termo, justamente por concordar com o primeiro ponto, não faço nada do que diz, eu e minha esposa. Mas, também, não tratamos nossos filhos como a Mãe Tigre Chinesa, que acho uma completa aberração, ou outro extremo da permissividade.

Existe sim o meio termo, pesquise mais, veja mais, há famílias que se dedicam à educação dos filhos.

Atenciosamente,

Plauto Diniz

Anônimo disse...

Achei o comentário do Sr. Plauto agressivo. Não conheço a autora do blog, mas acredito que ela já pesquisou e pesquisa mais, leu bastante e ainda lê...E, eu, pelo menos, entendo que ela não defendeu qualquer coisa e nos joga uma reflexão...para que pensemos mais ...

Claudia Satie

Eli Masson disse...

Concordo plenamente. Qualquer pessoa com o mínimo de discernimento entende que a autora do blog está colocando um ponto para reflexão com base na sociedade atual, nas crianças e jovens que vemos hoje, de uma maneira geral. Toda regra tem exceção, isso é óbvio! Mas não há como olhar para os lados e não concordar que os pais afrouxaram demais na educação dos filhos e o resultado está sendo o que vemos por aí. O livro da mãe tigre talvez nos ajude sim a encontrar este meio termo tão desejado e alcançado por poucos, muito poucos. Talvez nos convide para uma reflexão sobre a falta de limites que impera no modo de educação atual.