sábado, 26 de abril de 2014

CONSTITUA O ESTADO Interditar e Frustrar.



Dra. Adriana Oliveira Lima


Não podemos deixar de tomar uma posição acerca dos acontecimentos que influem na cultura e na educação. Não posso desligar a TV ou fazer vista grossa para a violência e o abuso contra a criança e o jovem.
O que acontece com a moralidade em nossa sociedade é grave. A mediocridade das produções artísticas são cada vez mais evidentes. As histórias representando a guerra entre o bem e o mal que formavam a essência humana não existem mais. As heroínas são filhas vendidas pelas mães e homens capazes de jogar um bebê recém-nascido numa caçamba de lixo.  A Globo domina esse mercado com mais de 6 novelas no ar divulgando bobagens.
É retratada a falta de interdição na educação das crianças, que dormem até grandes na cama com os pais.
Pais ou mães que concordam mais com seus filhos do que com seus parceiros, formando alianças esdrúxulas entre adultos e crianças contra um dos cônjuges.
Crianças que não aprendem o significado de um não, e ganham tudo que querem.
Crianças que não compartilham nada e desrespeitam os mais velhos, maltratando os idosos.
Esta criança é tão atual que nem escandalizam mais quando aparecem em nossos aparelhos televisivos.
A interdição na infância é o que proíbe o incesto e corrige a pedofilia. O não tem que ser introjetado. Um pai ou mãe ausente não constrói as interdições necessárias para constituir a família e distinguir a infância da idade adulta.
A menina da novela, mimada e sem um pai constituído, afirma que embora saiba de tudo, ainda assim se sente atraída pelo ex-namorado da mãe. A mãe finge que a questão é a proteção da filha - e não o absurdo de estar em jogo sua grande paixão. O pai não existe. O homem é um pedófilo, não pela idade, que pouco importa, mas pela circunstância. A menina equivale à sua filha no contexto da história.
E a Globo, tira cena, bota cena, tenta descobrir o que vem afastando seu público... O que afasta é o saudável nojo da pedofilia, do incesto e da traição. Ainda bem que o povo brasileiro ainda tem discernimento, aparentemente maior que nossos roteiristas modernos, que imaginam escrever o que representa a sociedade.
Ainda na novela, outra personagem tem comportamentos indizíveis para ter uma filha que ela escolheu. Não lida com seu desejo, simplesmente corrompe, rouba e casa. Por que não se inscreve na fila de adoção?
Essa é a nossa realidade? Essa é nossa nova família? Que diabo é isso?
Famílias sem consistência, sem estrutura. Seria este o modelo brasileiro?
Constitua o ESTADO. Não seja amigo ou amiga de seus filhos, seja PAI ou MÃE. Esta é uma relação especifica e diferenciada, consistente e de natureza especial. Esta relação guarda uma autoridade hierárquica que jamais poderia ser substituída pela amizade. Ter uma boa relação com os filhos não tem qualquer relação com ser amigo no lugar de ser pai ou mãe.
 

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