quinta-feira, 2 de setembro de 2010

OS VIDEOGAMES, A TV E OS COMPUTADORES. O QUE FAZER? Parte 2


Estes recursos são fundamentalmente unilaterais, ainda que se diga que são interativos. Interação é um termo complexo que implica múltiplas influências, desafiadoras, transformadoras do sujeito e do objeto e, assim sendo, estas máquinas estão longe de apresentar atividade interativas.

A visão de interatividade atribuída aos joguinhos é ainda bastante primitiva e ligada a idéia de estimulo-resposta. Para provar esta pobreza de relação entre o sujeito e a máquina veja-se como facilmente as crianças vencem os objetivos, e os jogos tornam-se “ bobos” ou enfadonhos.

Evidente que não se quer dizer que seja ruim de todo a TV, os computadores e os vídeos games, pois estes fazem parte da vida moderna. Entretanto, e é o que queremos demarcar, é necessário contrabalançar esta “compulsão” moderna com outras atividades e outros jogos que impliquem as relações complexas que se fazem entre seres humanos. Deve-se, pois limitar o tempo de uso destes equipamentos e, diversificando as atividades das crianças, ter-se-á desenvolvida a inteligência em sua amplitude máxima e dinâmica.

Jogos clássicos de trilhas, gamão, xadrez... os insubstituíveis blocos de construção, carrinhos, bonecos e outros brinquedos capazes de desenvolver livremente o pensamento simbólico, jogos de grande espaço, como bandeira, pique, caça ao tesouro... Cantar, tocar um instrumento, aprender uma dança, uma língua estrangeira... Praticar um esporte... É enorme a diversidade de atividades que podem preencher a vida de uma criança. O que torna bastante limitado, e terrivelmente pobre, ao seu desenvolvimento é deixá-la horas a fio em frente à máquinas tão pouco inteligentes.

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