terça-feira, 26 de março de 2013
domingo, 24 de março de 2013
LUGAR DE BEBÊ É NO CHÃO E CACHORRO NÃO USA SAPATO.
LUGAR
DE BEBÊ É NO CHÃO E CACHORRO NÃO USA SAPATO.
Dra Adriana oliveira Lima
Um bebezinho de até 2 anos
costumava ter fácil adaptação a creche-escola. Não tendo a Permanência do
Objeto, facilmente trocavam de ambiente e, ao adquirir o objeto permanente, a
evocação e a linguagem, já estavam no ambiente conhecido e cercado de pessoas
conhecidas.
Nos tempos que vivemos os
bebês choram mais facilmente. Mas param imediatamente se são colocados no colo.
Param se são embalados. Sem tocar nos objetos, estranhando a areia, o chão e completamente
desinteressados pelos objetos, os novos bebês apontam uma mudança na maneira de
cuidar das crianças nos dias de hoje.
Andando nos parques encontramos
cachorros passeando com sapatos (sim, com sapatos). Tornando seu caminhar
inadequado, contra sua natureza. O fato é que as pessoas estão preocupadas com
a “sujeira”, como se elas próprias não levassem a sujeira para dentro de casa.
Como os cachorrinhos, as
crianças estão pulando o engatinhar para não colocar as mãos no chão...
Acontece que tornar-se bípede (ficar de pé) é um processo de construção espaço
temporal adquirida pela experiência. É um espetáculo acompanhar a criança
virando-se, sentando-se e então erguendo-se, tornando-se um bípede homo sapiens.
Os pais, entretanto estão
pulando etapas (alguns acham que o filho está adiantado, que isso é bom). São conexões
neurônicas fundamentais no desenvolvimento da inteligência que não são feitas, são
suprimidas. Agregam-se então as babás com os bebês no colo. Sim eles não
choram, mas não descobrem o fascinante mundo das texturas, das temperaturas e
dois objetos.
Bebês que não querem pegar
objetos e não sabem ficar no chão. Estão acompanhados de paninhos, chupetas,
colos e embalos. Assim, as creches passam a ser cada vez mais importantes para
promover o desenvolvimento que é negado no recinto da casa.
As creches devem
equipar-se de atividades tais que ofereçam aos bebês a reconstrução destas
etapas perdidas.
Lugar de criança é no chão
e cachorro não usa sapato.
quarta-feira, 20 de março de 2013
sábado, 9 de março de 2013
VIAGEM da ALMA
Desculpem os que de mim esperam orientações pedagógicas.
Neste fim de semana minha postagem é um escrito simples sobre alma, dor, fuga,
mistério. Sobre VIAGEM.
Receita-se viagem como remédio
para todos os males. Embora os males físicos possam usufruir dos bons ares, essencialmente para os males da alma é que se
indica uma boa viagem. Não há tristeza para qual as pessoas não aconselhem uma boa viagem.
A viagem, entretanto não é senão
a resposta aos anseios da alma que precisa respirar novos ares para poder
ampliar, estender, sua compreensão das aflições. Um fato é que tudo que
perturba os entendimentos, que força uma repetição, que invade o coração, a
mente, é abrupta e brutalmente suprimido tão logo o corpo toma a estrada.
No caminho ainda nos
surpreendemos por nada mais esta ao alcance do fazer. O corpo então vai
aceitando a distância e a impotência e a mente, desvencilhada do fazer, se
esvazia para outros e novos fazeres.
Às vezes achamos que algumas
pessoas vazias não diferenciam estar
aqui do estar ali. Mas acabo por concluir que mesmo as mais rasas pessoas ainda
colocam suas almas no avesso e usufruem deste sair dos corpos presos ao dia a
dia e adentram a fantasia efêmera, mas necessária, desta liberdade, estranha
liberdade, que uma simples viagem proporciona.
Não compre nada VIAJE!
Viajemos!
Ainda que os negativistas nos façam
lembrar que a dor não passa, que levamos
conosco nossas alegrias e tristezas, é bom lembrar que o sono é a experiência
do descanso merecido do corpo e da mente, provisório e rápido, mais quase
sempre restaurador. Viajar é sonhar acordado.
Sonhemos acordados.
Viajemos!
Adriana Oliveira Lima
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