“Ter bons professores é mais do que pagar bons salários, os países com melhores desempenhos atraem grandes talentos, dão treinamentos durante suas carreiras e permitem maior liberdade”, diz o estudo.
Já falamos de tantas maneiras diferentes das mazelas da educação
brasileira que falta ângulo para se abordar esta coleção sistemática de
fracassos. A pesquisa abaixo é apenas mais um estudo internacional que nos fala
da dramática situação brasileira no campo da educação.
Talvez o pior dos acontecimentos seja a crença de que já sabemos a
resposta e já estamos a caminho da solução - aí se vão mais 10 anos e mais 10
anos... Lembro-me do absurdo de há uns 10 anos atrás, talvez mais, quando o
Ceará apareceu como a grande solução da educação fundamental no Brasil. Sua
fórmula: um sistema de TV na escola. Nem quero lembrar o desastre e a absurda
sub-educação oferecida a toda uma geração subordinada à “genialidade” ridícula
de uma educação comandada pelos ditames das negociações políticas.
Quem são as lideranças no comando de um plano nacional para
transformação da educação? Não existem. São milhares de burocratas e “técnicos”
orientados pelos acordos políticos, atrelados aos “bancos de desenvolvimento”
ou a organismos internacionais cujos técnicos nem sabem de fato o que é uma
criança pobre, um analfabeto adulto ou uma escola nas periferias dos grandes
centros urbanos.
Será muito difícil avançar sem um plano mais amplo de educação que
contemple mudanças em todos os setores, desde os salários até os materiais
didáticos, do número de aluno por sala até a capacitação continuada e até mesmo
na própria concepção dos prédios escolares.
Só peço um favor. Pelo amor de Deus parem de achar experiências
nascidas das entranhas do jogo político como experiências salvadoras da Pátria.
Veja a
referida pesquisa no link
http://oglobo.globo.com/educacao/estudo-coloca-brasil-em-penultimo-lugar-em-ranking-de-desempenho-escolar-6843385