sexta-feira, 14 de setembro de 2012

PELOS PODERES DE GRAYSKULL


 ABERRAÇÕES AO ALCANCE DAS CRIANÇAS
Dra ADRIANA Oliveira Lima
                                               “MAS É BOM SABER O QUE DIZER E O QUE NÃO DIZER NA FRENTE DAS CRIANÇAS”                                                                                                                                                                   Caetano Veloso
Monteiro Lobato está sendo julgado pelo Superior Tribunal 
As queixas mais frequentes de pais e professores são a linguagem grosseira, a agressividade, a baixa resistência à frustração e outros comportamentos “antissociais” apresentados pelas crianças, mesmo na mais tenra idade (pais subordinados ao império dos desejos dos filhos). São diversos os fatores que podem ser considerados na análise destes eventos, mas vamos aqui conversar um pouco sobre os programas de TV, livros e outros meios aos quais as crianças têm acesso.
                Em primeiro lugar, ao assistir os programas do canal da “Disney” com personagens pré-adolescentes e adolescentes, verifica-se uma contínua desvalorização dos adultos. Os pais sempre sabem menos que os filhos e quase sempre são ridicularizados. Os pais como heróis e referência moral e de sabedoria dão lugar a “idiotas” incompetentes sob julgo de filhos imperativos e “tecnológicos”.
                Nos desenhos voltados para os menores causa espanto a completa ausência de adultos neste mundo infantil. Claro que Tom e Jerry não tinham adultos, mais eram animais em luta... Os Backyardigans são como CRIANÇAS que vivem sem adultos, como ademais muitos outros como os “Teletubbies”, “Caillou” (onde a mãe só aparece pela metade), “Charlie e Lola”, etc. São todos mundos sem disciplina, sem moral, sem regras ou figuras de autoridade. Não existem adultos, não existem leis.
                Vemos assim como as crianças estão expostas a duas formas preocupantes de relações sociais: adultos desvalorizados e ridicularizados ou adultos ausentes e desnecessários. Ainda pior, adultos ruins que até prejudicam os prazeres infantis. Este último caso é o que se vê no livro “Mamãe, como eu nasci?”, aprovado pelo MEC para crianças de 10 anos!!! Não deixem de assistir ao vídeo e ler detalhadamente o livro e ver as figuras do mesmo que pretende educar sexualmente nossas crianças.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=NGMkAmYbOwo
(infelizmente foi retirado o vídeo da internete)

                E agora José? Como educar crianças se os adultos são o grande empecilhos à felicidade? Como disciplinar crianças sem referências morais? Nunca pensei que teria saudades do HE-MAN, cheio de conselhos morais, no final das manhãs da infância de meus filhos.

domingo, 9 de setembro de 2012

ParaOlimpíada: uma lição de vida ou Vitória do espírito humano..

Dra Adriana Oliveira Lima
 Resolveram chamar de jogos “paralímpicos” fazendo uma síntese americana entre paraplégicos e Olímpicos.... Esqueceram que OLIMPIA era a cidade grega onde ocorriam os jogos na antiguidade e que nada poderia justificar a descaracterização desta origem grega ao nome dos jogos que acima de tudo tornou-se o símbolo da PAZ ENTREM OS POVOS. Mas vamos relevar esta inovação moderna que dificultará no futuro a compreensão destas transformações esdrúxulas em função dos comitês e das políticas.
                Assistir as paraolimpíadas foi uma experiência sensacional. Primeiro me surpreendeu os jornalista que acompanhavam os jogos, em quase sua maioria agiam e falavam sem qualquer preconceito analisando e comentando de forma fantástica. Muito raramente aparecia uma global  dizendo sandices do tipo “incrível que sem os braços ele faça isso ou aquilo...” Em sua maioria falavam de forma absolutamente normal, explicando as categorias, torcendo e, entrevistando e comentando.
                É possível perceber o tamanho da exclusão em nossa sociedade. Como todos nós vivemos numa redoma separatista onde não convivemos com as diferenças de maneira natural e igualitária. Como vivemos dia a dia sem sequer saber de todas estas pessoas, destes sonhos, destas competências.
                Confesso que nem sei o que dizer. Fui invadida por uma onda de calor que aquece a alma em frios dias de inverno. Todos deveriam assistir estes jogos, assistir com seus filhos, trazer tudo isso para dentro de nossas casas e partilhar estes sonhos esta existência.
Penso que a humanidade embora devagar possa ser que esteja melhorando. Com certeza me mostrou fortemente a Vitória do espírito humano.


ParaOlimpíada: uma lição de vida ou Vitória do espírito humano..


Dra Adriana Oliveira Lima

 
Resolveram chamar de jogos “paralímpicos” fazendo uma síntese americana entre paraplégicos e Olímpicos.... Esqueceram que OLIMPIA era a cidade grega onde ocorriam os jogos na antiguidade e que nada poderia justificar a descaracterização desta origem grega ao nome dos jogos que acima de tudo tornou-se o símbolo da PAZ ENTREM OS POVOS. Mas vamos relevar esta inovação moderna que dificultará no futuro a compreensão destas transformações esdrúxulas em função dos comitês e das políticas.
                Assistir as paraolimpíadas foi uma experiência sensacional. Primeiro me surpreendeu os jornalista que acompanhavam os jogos, em quase sua maioria agiam e falavam sem qualquer preconceito analisando e comentando de forma fantástica. Muito raramente aparecia uma global  dizendo sandices do tipo “incrível que sem os braços ele faça isso ou aquilo...” Em sua maioria falavam de forma absolutamente normal, explicando as categorias, torcendo e, entrevistando e comentando.
                É possível perceber o tamanho da exclusão em nossa sociedade. Como todos nós vivemos numa redoma separatista onde não convivemos com as diferenças de maneira natural e igualitária. Como vivemos dia a dia sem sequer saber de todas estas pessoas, destes sonhos, destas competências.
                Confesso que nem sei o que dizer. Fui invadida por uma onda de calor que aquece a alma em frios dias de inverno. Todos deveriam assistir estes jogos, assistir com seus filhos, trazer tudo isso para dentro de nossas casas e partilhar estes sonhos esta existência.
Penso que a humanidade embora devagar possa ser que esteja melhorando. Com certeza me mostrou fortemente a Vitória do espírito humano.



domingo, 2 de setembro de 2012

INFÂNCIA, JUVENTUDE, MATURIDADE E VELHICE. O QUE É ISSO?

Dra Adriana Oliveira Lima



A idéia de infância só se estabelece muito tardiamente na história da humanidade. Não havia violência contra a criança porque simplesmente não se distinguia infância de idade adulta. Um dia estabeleceu-se esta distinção e mais tarde as leis de proteção as crianças. Estabeleceu-se a idéia de menoridade e maioridade, e responsabilidade civil. Mais adiante se estabeleceu a terceira idade, a idéia do idoso e suas características próprias.
Não vou me alongar nestas características, uma vez que elas já são arroladas na medida em que se definem estes cortes. Queria assinalar aqui um tema interessante para discutirmos: como estes cortes tornam-se tênues e estas idades parecem confundir-se nos dias atuais e parecemos voltar no tempos.
Crianças participam de tal forma da vida adulta, opinando, desrespeitando, obtendo seus desejos sem frustrações, e em contrapartida a sociedade clama pela diminuição da idade de responsabilidade civil, pedindo até mesmo o confinamento, enquanto os pais abandonam cada vez mais os seus filhos na adolescência.
Crianças “mal educadas” que falam de forma grosseira com os pais, ordenam de maneira imperativa as ações dos adultos, vivem “grudadas” em tecnologias (que afinal não desenvolvem as capacidades cognitivas e sociais a contento)são expostas a vida adulta descontroladamente.
Os jovens imaturos, como consequência desta infância desviante, se tornam egocêntricos, pois não sabem lidar com as suas frustrações, violentos (incluem-se a violência do bullying, das torcidas, das drogas), egoístas e incapazes de boa convivência social.
Os adultos, inseridos neste contexto, permanecem com uma dificuldade grande de ouvir críticas e de aceitar qualquer coisa que não seja a satisfação de seus desejos. Tratam os pais duramente e acreditam saber tudo, não movimentam-se em direção a mudanças por estarem absolutamente satisfeitos consigo mesmos.
Por fim os idosos veem-se misturados neste contexto numa sociedade despreparada para assimilá-los. Sua natural características de fácil depressão, irritações, ausências e outras características não são entendidas nem auxiliadas pelos mais jovens que despreparados quase os abandonam.
Fico pensando que toda esta desordem sociológica começa na indefinição dos papéis familiares, nas fraquezas de pais inseguros que não distribuem os papeis com competência, na falta efetiva de limites impostos as crianças desde muito cedo. Paralelo a isso existe também a incompetência do processo educativo que não logra a superação do egocentrismo das crianças até os cerca de 9 anos e o pleno desenvolvimento das estruturas e funções sociais que deveriam ser adquiridas na adolescência.